O encontro deste sábado entre o Furão Tricolor da Serra e a Fúria Negra da Capital marcou aquele que pode ter sido um dos jogo mais emblemáticos da história do tricolor da terra do vinho e possivelmente uma das melhores atuações da história do Mustela. Primeiro é necessário lembrar a todos que o time adversário já subiu a serra e deu show na Arena vencendo o Furão sem tomar conhecimento. na temporada passada. É verdade que no jogo de volta o Deportivo Mustela fez um jogo heróico no CT do Muradás em Canoas depois de se perder no caminho, quase cair no rio mas enfim...

O que importa é que depois de alguns desencontros na última partida a diretoria reuniu-se, traçou uma linha de ação e convidou a todos para que seguíssemos buscando os objetivos comuns que fazem do Deportivo Mustela uma das mais respeitadas agremiações do futebol varzeano do Estado, o que nos enche de orgulho pelo reconhecimento dos mais diversos setores. Mas isso é assunto para uma futura matéria onde estaremos fazendo um balanço de tudo o que aconteceu no mês de maio com o Furão Tricolor.

Para este sábado, o embate marcado previa Deportivo Mustela x Perestroika na Arena Mustela, era praticamente o jogo tira-teima já que o time da capital havia vencido na Serra e o time da Serra havia vencido na região metropolitana em 2013. E neste sábado a Fúria Negra subiu com elenco numeroso, eram quase vinte atletas mais amigos e simpatizantes que vieram apoiar o alvi-negro do porto dos casais.

A ordem do vestiário era para que todos tivessem cientes da qualidade do adversário e o início do jogo foi de estudos de parte a parte, o time do Perestroika com mais passes laterais e posse de bola mas sem profundidade. Por outro lado o Deportivo Mustela marcando como a muito não fazia e partindo rapidamente em contragolpes quando recuperava a bola.

Nessa estratégia de marcação quase atrás da linha da bola, apenas os atacantes Lê e Maycon mais adiantados que o Deportivo Mustela conseguiu tomar a dianteira do marcador até de forma surpreendente chegando aos 3 a 0 antes do 30 minutos de jogo. O time adversário sentiu os gols e não conseguia jogar e quando tentava a bola longa esbarrava no posicionamento defensivo do Furão que buscava constantemente encurtar o campo dificultando as manobras ofensivas do adversário e deixando o adversário em condição de impedimento seguidamente.

Já nos quinze minutos finais do primeiro tempo o time da capital buscou uma reação, primeiro em um lance de absoluta falta de sorte da defensiva tricolor onde uma bola lançada para a área vinha picando de forma constante e quase na frente do goleiro Gilma ela pica e toma o efeito contrário oferecendo-se para o atacante do Perestroika que só teve o trabalho de cobrir o goleiro e descontar. Na sequência, em um novo descuido defensivo numa cobrança de falta o atacante alvi-negro surgiu rapidamente na frente do goleiro tricolor para marcar mais um.

O placar antes folgado, agora ligava o alerta e o Deportivo Mustela foi novamente ao ataque e fez o quarto gol. Tranquilidade, que nada, pouco depois o camisa 11 do Perestroika que seguidamente buscava cavar faltas, foi cercado na grande área e bastou cair para que o penal fosse assinalado com bastante convicção por parte do árbitro mesmo que houvesse contestação dos defensores tricolores. Penalti marcado, batido e convertido sem chances para o goleiro Gilma, novamente o time da capital encostava no placar.

Eis que no apagar das luzes do primeiro tempo, em um cruzamento perfeito do meia-atacante Ronaldo da esquerda, encontrou o artilheiro da tarde, Maycon que subiu no segundo andar, esticou o pescoço e cumprimentou o goleiro colocando no ângulo superior esquerdo. Para muitos, o gol mais bonito da tarde principalmente se for considerada toda a construção da jogada e o arremate final. O gol representou ainda o terceiro gol do artilheiro da tarde o que lhe permitiu pedir música, Daniel Torres interpretando Guri de Cesar Passarinho.

O primeiro tempo terminou e embora a boa atuação do Deportivo Mustela pairava no ar a dúvida de como seria o segundo tempo, já que mesmo fazendo cinco gols o time havia tomado três. No íntimo todos no time sabiam que do meio para a frente o time tinha ido muito bem, mas no setor defensivo era preciso melhorar pois a gigantesca vantagem de três gols quase havia se esvaído não fosse o gol de  cabeça do Maycon. E ainda havia a preocupação com a lesão do lateral esquerdo Sílvio que saíra na metade do primeiro tempo e posteriormente confirmou uma lesão no joelho, a quem desejamos pronta recuperação.

As alterações foram sendo processadas no segundo tempo, e o time do Deportivo Mustela seguiu bem postado jogando coletivamente, e se não foi tão efetivo no ataque como fora no primeiro tempo o sistema defensivo fez uma segunda etapa praticamente perfeito.  No ataque logo no início do segundo tempo, em uma roubada de bola no meio de campo através do Roby, desta vez jogando de volante, a jogada chegou ao camisa 9 Lê que tocou para marcar o seu segundo gol na tarde e ampliar para 6 a 3.

Agora um final de semana que originalmente era para ter jogo mas houve um remanejamento do jogo contra o The Charles Millers e acabou ficando um intervalo sem jogo e na sequência o adversário é o Azulão de Caxias do Sul(RS) onde o time tricolor buscará vencer novamente já que o confronto é amplamente favorável ao adversário com somente uma vitória tricolor. Esse jogo com o Perestroika F.C. marcou assim como Grêmio e Inter a despedida do time da sua casa. Se a dupla vai entregar suas casas para a FIFA para a realização dos jogos e treinos da Copa do Mundo, o Furão honra o acordo de poupar o gramado do Complexo Esportivo do São Paulo, que até o momento foi palco de praticamente todos os jogos do time na temporada mas que agora vai passar por um repouso até o mês de agosto, quando no dia 16 o Deportivo Mustela recebe o Atlantida F.C. de Capão da Canoa voltando a atuar em casa.