Após um verdadeiro dilúvio que caiu sobre a terra do Churrasco e Chimarrão, o Deportivo Mustela voltou a campo na Porteira do Rio Grande, a cidade de Vacaria contra o E.C. Brasil depois de longos quarenta dias do último jogo. A inatividade fez com que alguns furões perdessem o jeito e a prática do futebol de sábado a tarde resultando num grupo extremamente desfalcado para essa missão na terra dos rodeios.
O time do Brasil de Vacaria já dispensa apresentações a muito tempo, qualidade e a malícia do jogo lhe sobram reconhecidamente. Nesta tarde a novidade era a sua sede que passo a passo vem recebendo reformas e gradativamente vem apresentando novidades. E aqui parabenizamos ao E.C. Brasil pois bem sabemos das dificuldades para manter e melhorar uma sede. O E.C. Brasil tem um nome e uma história e equipe diretiva está fazendo um trabalho a altura para manter essa história. Parabéns pessoal.
Em campo, fizemos uma viagem com um grupo de treze atletas, onde novamente pudemos contar com a presença do Natan e a novidade, o Evandro que pela primeira vez viajou e jogou conosco mas já era um conhecido das arquibancadas da Arena Mustela.
A estratégia de jogo era simples, buscar conter o adversário que tem um bom toque de bola no meio de campo e parte para o ataque com velocidade e muita facilidade nos arremates da entrada da área e uma excelente boa aérea. A ordem era não permitir que a bola fosse alçada na área.
O campo, possivelmente devido as chuvas recentes se apresentava um tanto duro e a bola frequentemente ficava viva e de difícil domínio. Mas o primeiro tempo foi de bastante equilíbrio com raras chances de gol de lado a lado, mas no final do primeiro tempo em uma saída de bola, conseguimos acertar um lançamento de mais de 30 metros para o camisa 9, Lê que bateu forte no ângulo alto do goleiro e o Deportivo Mustela estava na frente do placar. Era tudo o que o time da capital do vinho havia sonhado para este jogo.
O gol deu relativa tranquilidade ao time do Furão que assentou-se em campo, e continha bem os avanços do time da casa e agora tinha o contragolpe a sua feição e assim ainda no apagar das luzes do primeiro tempo que em pelo menos duas oportunidades, uma com Lê e outra com Maycon, o Deportivo Mustela perdeu a chance de ampliar.
Mas esse foi o placar do primeiro tempo de jogo, podia ter sido melhor mas a estratégia de jogo estava funcionando perfeitamente. Para a segunda etapa o objetivo da vitória já estava mais próximo mas era preciso manter o capricho e a dedicação em campo.
No entanto não foi o que aconteceu. Como era esperado o time da casa avançou a marcação e passou a pressionar. O que era ameaçador por um lado, por outro oferecia espaços generosos para so contra-golpes. Era tudo o que o Furão esperava, só não contava com a inoperância do seu ataque. Durante o segundo tempo foram pelo menos três chances de ouro para arrematar em gol que não foram aproveitadas.
E como diz Muricy Ramalho, a bola pune os incompetentes. Cedo, antes dos quinze minutos do segundo tempo, em uma bola cruzada na área, Magero que nesta tarde atuou mais na meia cancha, entrou na área sem ter nenhuma marcação e na frente do goleiro desviou para empatar.
O empate, não era o resultado dos sonhos mas contabilizando que era em Vacaria, contra a excelente equipe do Brasil ainda podia ser considerado um bom resultado. A pressão seguiu, assim como as oportunidades de contra-golpear também seguiram aparecendo e invariavelmente sendo desperdiçadas.
E ai novamente aparece outro defeito grave que o time do Deportivo Mustela segue apresentando - a incapacidade de ler o jogo sem a bola. Novamente em uma segunda bola rebotada na entrada da área, apareceu o atacante do Brasil livre para dominar, olhar, pensar e escolher o canto para executar um belo chute. Isso já havia acontecido na primeira etapa e novamente se ofereceu ao atacante do time da casa e nesta oportunidade a sorte lhe sorriu e estava decretada a virada no placar.
Até o apito final as duas equipe tiveram outras oportunidades para marcar, mas ficou nisso. O Deportivo Mustela desperdiçou demais, marcou muito mas não foi o suficiente. Não dá para classificar como uma má jornada, não. O time até teve bons momentos, teve oportunidades de matar o jogo até mas não teve a competência para fazê-lo e contra uma boa equipe isso normalmente não passa impune - e assim foi.