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Dois jogos, dois fiascos desportivos

Publicada em: 23/10/2011

Neste sábado o jogo contra a A.E. Nacional de Farroupilha(RS) na Arena Mustela marcou o retorno do Deportivo à sua casa e se lá no inverno havia após a confusão no jogo de ida no campo do bairro São Luiz em Farroupilha a dúvida se manteríamos o jogo de volta ou não, agora ficou a certeza de que deveríamos te-lo cancelado. Na época pareceu pouco desportivo cancelar a volta após a goleada de 5 a 0 como visitante com base nas confusões do jogo (agressão ao juiz no primeiro tempo, e agressão a atletas no final do jogo), afinal pensamos que poderia ter sido somente um dia ruim para o nosso adversário.

Mas neste sábado, as dúvidas acabaram. O grupo do Deportivo Mustela tem uma história de quase 50 jogos jogados desde que começou a jogar até mesmo antes da fundação da associação atual, com mais de 20 municipios visitados, mais de 40 times enfrentados e sempre com a mesma cordialidade, espírito esportivo e amistoso. Nesse universo todo somente tivemos registro de agressões e bagunça contra essa associação. Isso nos leva a crer que definitivamente o problema não é o Deportivo Mustela.

O primeiro jogo, no dia 18 de junho já foi uma confusão só, muito em função da arbitragem também, mas já teve agressão sem bola, jogadas desleais e um monte de gritaria.


Relembre aqui a crônica daquele jogo.


Neste sábado para o jogo de volta, o time da A.E. Nacional, veio a campo já com um estoque de bebida, uma prática comprovadamente reprovável tanto do ponto de vista desportivo visto que a confraternização deve ser pós-jogo e também com as instituições/associações que muitas veses tem no bar uma fonte de renda. O próprio Deportivo Mustela tem por prática sempre respeitar o mandatário nestas questões e espera o mesmo dos adversários

Outra situação lamentável, a prática de soltar foguetes e rojões próximo ao gramado, ainda mais por um cidadão completamente alcoolizado. Antes do inicio do jogo, foi solicitado ao adversário que bebidas e foguetes não poderiam estar no gramado, pedido este reforçado pela arbitragem, mas o que foi praticamente ignorado. O cidadão apenas deu a volta e levou o material para o lado de fora do alambrado ao lado da casa-mata. Mas o pior ainda estava por vir, durante o jogo por duas oportunidade esse cidadão, conseguiu se complicar no manejo dos artefatos explosivos e soltou-os para baixo, explodindo nos seus pés literalmente. Detalhe: haviam crianças próximos ao "gambá" irresponsável. Sobre os riscos de um grave acidente  em função dessa atitude irresponsável não precisamos nem abordar aqui.

No jogo, o que aconteceu foi muito grito e pancadaria novamente. Isso não serve como desculpa para a atuação muito fraca do Deportivo Mustela, longe disso, o time jogou muito mal e não merecia sorte muito melhor. Mas também não podemos considerar um jogo normal dentro do nosso espírito desportivo. O saldo no final do jogo foram as marcas das pancadas distribuidas pelo time do Nacional em atletas do Deportivo Mustela, como o Vilson que saiu com as marcas das travas da chuteira do adversário no abdômem, Jesus com marcas de um falta fortíssima na qual ficou até sem a chuteira e para terminar um chute na cabeça do zagueiro Lahm caído após uma disputa pelo alto no  meio campo. Esse foi o estopim para o jogo fosse encerrado, visto que quase culminou numa confusão generalizada.

No placar, o Deportivo que novamente demonstra uma mecânica deficiente no meio, viu o camisa 10 do Nacional carregar a bola por mais de 30 metros e chutar no ângulo para abrir o placar. Depois, após uma falha individual pela esquerda da defesa o atacante farroupilhense entrou a dribles na área e ampliou. Na metade do primeiro tempo, em um rebote da defesa o atacante Lê descontou. Após este gol foi feita uma parada para re-hidratação e na volta o Deportivo pressionou muito mas finalizou o primeiro tempo com o placar adverso de 2 a 1.

No segundo tempo, o Nacional ampliou em uma cabeçada do seu camisa número 5 após uma cobrança de escanteio. No final do jogo o Mustela ainda perderia um pênalti através do Torres.

O destaque positivo foi o reencontro do camisa nove Lê com o gol, o atacante que já se sentia encomodado com as críticas dos colegas, amigos e até da imprensa marcou o gol de honra do Deportivo Mustela demonstrando oportunismo, o que é atributo dos centroavantes.

Para este jogo o Deportivo Mustela contou com: Gilmar, Lê, Supla, Jesus, Lahm, Torres, Guilherme, DeToni, Biscuila, Marcelo, Mazzoti, Sandro, Vilson e Rafa e o treinador Alosir Sberse.

Agora resta apenas um jogo antes do grande confronto contra o Consulado do Grêmio de Quaraí, este próximo contra o time do Capivara F.C. jogo este que será realizado na Arena Mustela. Agora é utilizar esses 15 dias de folga para pensar no que o time pode fazer para melhorar o seu desempenho em campo.